segunda-feira, 25 de maio de 2009

Greve nas Estaduais Paulista

Hoje, dia 25/05, os professores, técnicos-administrativos e estudantes realizaram uma paralisação das atividades das universidades estaduais, USP, UNICAMP e UNESP, e ocuparam o prédio da reitoria da USP.
A reivindicação além da pauta de aumento salarial e contra as reformas educacionais privatistas do governo Serra, exigem a reintegração do funcionário do Brandão, demitido devido as suas atividades políticas na USP,

mais informações no site do Sintusp: www.sintusp.org.br

Protesto estudantil em Turim contra o G8 Universidades



[Milhares de estudantes protestaram nesta terça-feira (19) contra a crise econômica que também afeta as universidades nos arredores da cúpula do G8 Universidades, que contou com a participação de reitores de mais de 40 instituições de 19 países. A intenção dos estudantes era fechar o encontro, mas foram impedidos pelas forças policiais.]

Os manifestantes lançaram pedras e esvaziaram extintores contra a polícia em Turim, durante uma reunião entre 40 reitores de universidades dos países que compõe o G-8 e 19 países em desenvolvimento e industrializados, em Castelo de Valentino.

A policia antidistúrbios respondeu à manifestação com repressão e bombas de gás lacrimogêneo. O confronto foi violento, e durou cerca de meia hora. Milhares de manifestantes, cerca de 10 mil, em sua maioria, estudantes universitários, tomaram as ruas de Turim em protesto à cúpula de reitores. Estudantes de outros países se uniram aos italianos desde a Grécia, Países Baixos e até Inglaterra. Alguns tentaram atacar sedes de bancos. No final, o saldo de 19 policiais e alguns manifestantes feridos, e outros detidos.

Era o segundo dia de protestos no centro de Turim, que tiveram seu início na segunda-feira. Foi chamado um contingente de 1000 policiais para ?controlar? aos estudantes. Turim estava completamente blindada e era impossível andar de carro pelas ruas do centro da cidade. Um estudante italiano explicou o porquê dos protestos. Afirmou que estavam denunciando a ilegitimidade deste encontro e das decisões que estão sendo tomadas por eles. ?O conhecimento, ao longo dos anos está se convertendo em uma mercadoria, e as decisões ?globais? de uma minoria, está explorando e orientando o caminho das pesquisas científicas?, contou.

Outra estudante afirmou que havia ido a Turim porque não estava satisfeita com a forma de funcionamento das universidades. Disse: ?Esta é uma manifestação para chamar um tipo diferente de universidade, para fazer com que os responsáveis pela crise assumam suas responsabilidades e não descarregá-las debilmente às camadas mais pobres da sociedade, como estudantes, trabalhadores assalariados e suas famílias.?

Os enfrentamentos em Turim serviram também para se discutir a segurança do encontro do G-8 que ocorrerá na Itália nos dias 8, 9 e 10 de julho. Inicialmente, o lugar escolhido foi a ilha da Sardenha, mas desde o terremoto, o lugar havia sido mudado para L Áquila com a finalidade de atrair recursos para a região.

Fotos: http://piemonte.indymedia.org/article/5012

Vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=waqkOYQ4sB8

http://www.youtube.com/watch?v=0VbGKU6HHuk

http://www.youtube.com/watch?v=pnw672H66gI

Não às Privatizações de Paes e Cabral!

Não a Privatização das Creches e Hospitais!
Abaixo ao Projeto de Organizações Sociais (O.S.)!!!

Abaixo a Violência Policial: Rebele-se!

Abaixo ao Muro nas Favelas!


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Convocatória para a Plenária do Movimento Estudantil Classista e Combativo


O modelo universitário brasileiro está, ainda, vinculado à reforma do ensino promovida pela Ditadura Civil-Militar, em 1968, através dos famosos acordos MEC-USAID. Nos anos 90 o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) congelou os investimentos e fez um forte ataque as universidades, assim como a todo Serviço Público.
Diminuiu as verbas para as Universidades Públicas, congelou os salários, estimulou a competição dentro do corpo docente com a GED (Gratificação de Estímulo a Docência) e com as avaliações da CAPES/CNPQ. Como parte de sua política, que tinha como objetivo a cobrança de mensalidades das universidades públicas, liberou a criação de universidades privadas.
Em seu governo iniciou-se o projeto de reforma neoliberal do ensino no Brasil. Isso levou a diminuição de uma grande quantidade de professores, por um lado pela aposentadoria de muitos profissionais – que já tentavam fugir da anunciada reforma da previdência – e, por outro, pela não realização de novos concursos.
A política educacional impôs o estrangulamento dos salários e dos investimentos e estimulou a criação ilegal das chamadas Fundações de Apoio a Universidade que, com a ajuda de diversos professores, criaram cursos pagos e acordos com empresas privadas. Ao mesmo tempo manteve-se a estrutura elitista e burocrática com as eleições proporcionais (professores com peso de 70% dos votos), a estrutura departamental, a representação estudantil de 1/5 nos colegiados e o vestibular.
O governou Lula manteve a política do governo anterior com a expansão das privadas e começou a implementar uma reforma universitária nas públicas para estreitar as relações com as empresas privadas. Para isso em agosto de 2007, o governo Lula/PT apresentou o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) realizado através de um GT pelo Ministério da Educação.
O REUNI marca mais uma etapa da Reforma Universitária anunciada pelo governo e propõe fundamentalmente a reformulação geral da estrutura acadêmica dos cursos superiores, com uma nova arquitetura acadêmica. Na avaliação do Ministério da Educação e do governo, as universidades federais são elitistas e não estão adequadas ao novo modelo de desenvolvimento econômico.
Por sua vez os reformistas continuaram a defender a universidade elitista com a bandeira de “Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade” criada por PT e PCdoB na sua luta contra o governo FHC. Os sindicatos e os setores majoritários do movimento estudantil, sem propor bandeiras para massificação do ensino superior e democratização da universidade (como o acesso livre), ficaram imobilizados pela estratégia governista e por sua bandeira anacrônica.
Nos últimos dois anos o movimento estudantil teve incríveis chances de renascer. Em 2007 na USP, a mobilização de ocupação soube, no início, superar a limitada bandeira da “autonomia” universitária ao começar a organizar e ampliar as bandeiras de luta como: 1) a denúncia dessas alianças empresariais; 2) a exigência de mais assistência estudantil e; 3) a organização de processos estatuintes nas Universidades públicas de todo o país.
Em Abril de 2008 na UnB, aconteceram as mobilizações contra Reitoria e contra o modelo atual de universidade. Nesse mesmo ano o movimento estudantil iniciou uma série de ocupações de reitorias contra o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). Mas o velho movimento estudantil reformista - o Parlamentarismo Estudantil - representado pelas correntes ligadas ao PSOL (que ainda aceitam os cargos dados pela UJS/PCdoB) e a CONLUTE (majoritariamente composta pelo PSTU) aceitou o jogo imposto pelo MEC. Se articularam na Frente Contra a Reforma Universitária com a política recuada de ocupar os conselhos para tentar sensibilizar os conselheiros.
Os reformistas com sua prática política legalista demonstraram toda sua política liquidacionista e tiveram uma linda vitória: a implosão da ocupação da USP, a transformação da luta da UnB em uma bandeira burguesa contra corrupção e a luta legalista contra o REUNI que não serviu de nada. Tudo isso de acordo com sua linha política policlassista para o movimento estudantil que leva a colaboração de classe.
O Parlamentarismo Estudantil impediu qualquer tipo de mobilização devido a sua política de aliança com os setores da burocracia acadêmica e sua bandeira de defesa da atual universidade, o que serviu para fortalecer os argumentos governistas e pelegos da UNE e da UJS/PCdoB.
Não por acaso o Parlamentarismo Estudantil, tanto governista como para-governista, ficou à reboque nas últimas manifestações estudantis que surgiram no ano de 2007-2008. Mas os reformistas liquidaram todas as possibilidades de reorganização do movimento estudantil de massa, classista e combativo. Por outro lado, também ficou evidente que as correntes minoritárias não conseguiram combater com eficácia a linha liquidacionista, ficando muitas vezes reféns desta.
O que fazer?
As correntes reformistas têm uma concepção policlassista do movimento estudantil o que as leva a política de colaboração de classe, como foi visto nos últimos três anos. Agora, depois do total fracasso da CONLUTE, da total colaboração do PSOL com os governistas (ainda estão na UNE), o PSTU convoca um Congresso Estudantil com objetivo inicial de criação de uma entidade semelhante a UNE.
Precisamos romper definitivamente com esse velho e podre movimento estudantil reformista e policlassista que leva a colaboração de classe. É preciso construir pela base um movimento estudantil classista e combativo que através da ação direta, (como os estudantes do Chile, França e Grécia), estejam aliados com a classe trabalhadora e consigam vitórias nas suas reivindicações.
Precisamos romper com a prática política de negociação de cúpula sem respeito as decisões da base e que todo o tempo negocia com os aparatos legais, como foi na caso da USP, UnB e REUNI.
No atual momento de crise do capitalismo é necessário agirmos para nos organizarmos melhor para enfrentar o capital e o Estado, e não para pedir esmolas ao governo e fazer aliança com os pelegos da UNE, CUT, CTB, Força Sindical e etc.
É necessário reorganizar o movimento estudantil! Precisamos cindir definitivamente com o reformismo. Não podemos ficar à reboque da política colaboracionista deste setor como nos últimos anos.
É mais do que urgente construirmos um novo movimento estudantil, combativo e classista que atue em aliança com os trabalhadores do campo e da cidade.
Por isso, chamamos todos os estudantes insatisfeitos com o atual movimento estudantil - assim como Grêmios, DA’s e Correntes Estudantis combativas - para participarem de uma Plenária do Movimento Estudantil Classista e Combativo, que se realizará em paralelo ao congresso estudantil chamado pelo PSTU, entre os dias 11 e 14 de junho de 2009.



- ADE - Ação Direta Estudantil / UFF
http://acaodestudantil.blogspot.com / adestudantil@gmail.com

- Oposição Combativa Classista e Independete (CCI) ao DCE-UnB
http://oposicaocci.blogspot.com / estudantes_classistas@yahoo.com.br

terça-feira, 5 de maio de 2009

Greve de Funcionários na USP

Os funcionários da Universidade de São Paulo depois de uma assembléia com 700 funcionários decidiram pela manutenção da greve.
A assembleia aprovou como principais itens: a readmissão do companheiro Brandão, diretor do Sintusp demitido por atividades sindicais; R$ 200,00 incorporados ao salário e 17% de reposição parcial das perdas (42%) desde 1989; retirada dos processos contra outros militantes e multa de R$ 346.000,00 pela ocupação da reitoria em 2007; a garantia do emprego dos atuais 5.214 funcionários da USP,contratados após 1988, que tem suas vagas questionadas pelo Tribunal de Contas e, pela derrubada do Sistema de Gestão de Pessoas por Competência - que a reitoria chama de Carreira.

FONTE: www.sintusp.org.br

TODO APOIO A GREVE DOS TRABALHADORES DA USP!!!

Notícias

NOs dias 26 de maio e 13 de junho todas as centrais sindicais francesas - CGT, CFDT, FO, CFTC, CFE-CGC, FSU, Solidaires (dont Sud) e Unsa- das mais diversas matizes ideológicas realizarão protestos pela França.
A FO - Força Operária, Solidaires e FSU defendem uma Greve Geral.

As Centrais e Sindicatos da França também se organizam para fazer manifestações nos dias 14 e 16 de maio em conjunto por toda Europa. As cidades já confirmadas são Madri, Bruxelas, Praga e Berlim.

Fonte: www.liberation.fr

Os estudantes permenecem em greve contra o projeto de reforma das universidades francesas. O governo pretende aumentar o controle sobre a Universidade, ampliar a relação empresa-universidade e aumentar a carga horária dos professores. Ou seja, nada muito diferente do que aqui em Pindorama.

sexta-feira, 1 de maio de 2009