sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Reconstruir o moviment estudantil de ciências sociais!

PELA CONSTRUÇÃO DE UM MOVIMENTO NACIONAL DE ESTUDANTES DE CIÊNCIAS SOCIAIS CLASSISTA, COMBATIVO E INDEPENDENTE!

Entre os dias 29 de agosto e 4 de setembro ocorrerá na em João Pessoa – Paraíba ( na UFPB) o XXIV ENECS (Encontro Nacional de Estudantes de Ciências Sociais) com o tema: “Movimentos Sociais e Poder”. É necessário começarmos, antes de qualquer coisa, fazendo uma séria avaliação do Encontro sob uma perspectiva de luta para barrar o processo de burocratização que assola nosso movimento.
Não nos estenderemos a pequenas críticas, como o fato da data de realização do encontro ser durante as aulas e a própria organização que dificultou participação de muitos estudantes. Mas sim ao fato de que o ENECS se tornou uma grande colônia de férias pequeno-burguesa, onde os debates nas bases são quase inexistentes, no qual não vai aquele que leva a discussão coletiva dos estudantes e sim a de quem tem tempo, dinheiro e quer curtir a viagem. Enquanto isso o atual quadro do ensino superior no Brasil se caracteriza por um avançado processo de privatização, os números falam por si só, em 2007 já eram 4.880 milhões de estudantes nas universidades, 1.240 na rede pública e já 3.600 na iniciativa privada.
Os projetos governistas neoliberais como o ProUni são responsáveis por esse aumento da rede de ensino privado. Já nas universidades públicas temos o avanço da precarização com o REUNI, que para tal “ampliação” será auxiliado pelas Fundações de Direito Privado, que é acompanhado pela terceirização crescente do quadro de funcionários dividindo categorias e precarizando condições de trabalho, temos também a perseguição política perpetrada nacionalmente a estudantes e trabalhadores que participaram das ocupações de reitoria em todo Brasil, são alguns exemplos como Brandão (servidor demitido) na USP e o estudante Zanatha(processo judicial da PF) na UNB.
Por trás disso, se beneficiando de toda esta política ardilosa e despolitizante está a burocracia governista do movimento de curso como o PT,UJS/PC do B, que visa criar um movimento fantoche, uma diretoria sem base, sem luta e mobilização, buscando arrecadar e aparelhar politicamente/ financeiramente o nosso movimento pelo Governo Lula ao governo estadual como está fazendo neste ENECS.Por outro lado temos o PSTU com a proposta da recém surgida mais já abortada ANEL, que com todo propagado alarde não rompe definitivamente com a UNE e com a estratégia eleitoreira e legalista(Aprovando apoio a candidaturas eleitorais e tendo como estratégia “de luta” pedir medidas provisórias de Lula e entregar abaixo assinados).
Nós da Rede Estudantil Classista e Combativa, que estamos organizados em outras universidades do Brasil e em outros Cursos também, convocamos todos os estudantes a estarem construindo conosco um coletivo nacional de oposição em Ciências Sociais que tenha claramente uma linha: a) antigovernista (Contra a UNE, o PT, UJS e as políticas neoliberais do Governo Lula para Educação), b) Uma política Combativa (que só através da ação direta dos estudantes e trabalhadores se conseguirá avançar nas conquistas), c) Classista (Onde devemos ligar um movimento estudantil proletário a construção de um movimento nacional de oposição sindical e popular), Desde já nas bases devemos organizar coletivos de curso para disputar os CA´s para uma linha que garanta o poder das bases estudantis e leve nosso programa combativo: 1) Diretórios/Centros Acadêmicos: direção colegiada(com revogabilidade de mandatos) + GT´s abertos, assembléia geral do curso com órgão deliberativo regular.
Assim defendemos a realização de um congresso estudantil de ciências sociais para 2010, feito pela base, com tiragem de delegados em assembléias por curso, que seja o caminho para uma maior mobilização e discussão dos estudantes. Deste modo apontamos que o congresso deve ter como pauta 4 pontos de discussão: 1) organização e concepção do Movimento Estudantil de Área; 2) universidade e conjuntura; 3) formação em ciências sociais, onde estaria em discussão o currículo e o projeto político-pedagógico do curso; 4) sociologia no ensino médio. Propomos para a organização do movimento de área: 1) Congresso Nacional: delegados eleitos por assembléia geral dos cursos, órgão deliberativo nacional máximo; 2) Plenária Nacional de Delegados de Base – órgão deliberativo regular intermediário composto por membros eleitos nas assembléias geral dos cursos; 3) Executiva Nacional: órgão de direção e encaminhamento político, subordinado a PLENÁria e Congresso.

Reconstruir o movimento de área de Ciências Sociais, é Combater a Burocracia Estudantil e as Reformas Neoliberais!

Por um Congresso de Base!

Viva a ação direta de estudantes e trabalhadores!
Construa com sua entidade a Rede Estudantil Classista e Combativa!

Um comentário:

Unknown disse...

Olá, sou estudante de ciências sociais na UEM, participo do CAFF, que é autogerido, e gostaria de saber qual foi o desenvolvimento desta idéia.